De 1.933 em Santa Maria – RS
Aos anos 2.000 em Brasília–DF
Chamo-me JOÃO BATISTA DE MEDEIROS, nasci na cidade de São Pedro do Sul, no dia 12 de fevereiro de 1933 e registrado oito meses depois na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul.
Sou o último dos dez filhos do pequeno comerciante e músico Dionízio José de Medeiros e de Maria Martins de Medeiros, do lar, ambos já falecidos.
Dionízio José nasceu no município gaúcho de Alegrete e aos 16 anos migrou para a cidade de São Pedro do Sul. Músico desde os doze anos, ele chegou à região com a fama de ser um ótimo “gaiteiro”, pois com sua sanfona de oito baixos tocava nos bailes, desde o escurecer até o dia amanhecer. E segundo ele afirmava, sem repetir “marca”, ele denominava as peças musicais.
O gaiteiro Dionízio José foi contratado para tocar em um “fandango” comemorativo de um casamento. Foi durante esse baile que ele conheceu Mariazinha Abade, filha do dono de uma “pedreira” no Morro dos Abades, Distrito do Iamandá, na localidade conhecida como Passo da Taquara, no Município de São Pedro do Sul.
O amor nasceu dos olhares de Mariazinha para o “gaiteiro” que logo correspondeu. A meia noite o baile foi interrompido para ser degustado o “arroz de carreteiro”, como acontece tradicionalmente nos bailes do interior gaúcho.
O pouco que conversaram foi o suficiente para que após alguns meses fossem iniciadas as visitas chamadas de “domingueiras”.
Em uma dessas visitas Dionízio José criou coragem e, aproximando-se do pai de Maria, fez o tradicional “pedido em casamento”.
Nico Abade, o pai de Maria, não aceitou o pedido.
Em sua justificativa perante a família disse que Dionízio José era muito jovem e era um “Gaiteirinho sem eira e nem beira”. E, falando bem alto para ser ouvido por toda a família, sentenciou: - “Não concederei a mão de minha filha a um guri que, além de muito jovem, considero sem futuro algum”.
Apesar do constrangimento daquele momento, Dionízio José não desistiu e acabou se casando com Maria.
Não conto maiores detalhes agora porque estou reservando a história para o romance que estou escrevendo, que se chamará “Outra Mãe chamada Maria”, onde contarei, nos mínimos detalhes, tudo sobre a vida do casal Dionízio José e Maria Abade. Só posso afirmar agora que tudo foi resolvido de tal maneira que o meu pai e a minha mãe se casaram, viveram aos trancos e barrancos e assim mesmo produziram uma numerosa família.
Voltemos à minha história.
Minha mãe contou-me que, por eu ter nascido dia 12 de fevereiro, Dia de Santa Eulália, me deram o nome de Eulálio José de Medeiros. Isso até o dia em que seria batizado na igreja matriz da cidade de São Pedro do Sul.
Meus pais chegaram na casa de meu padrinho no dia e hora combinados para a cerimônia. Antes de saírem para a Igreja meu padrinho perguntou qual o nome de seu afilhado. Meu pai respondeu que era Eulálio José.
Ele não gostou do nome e sugeriu mudar para João Batista. Argumentou que era para o afilhado ficar com o mesmo nome do padrinho.
Por ser o filho caçula, gozei de alguns privilégios. Entre eles o de estudar no Grupo Escolar Cícero Barreto, que era uma referência em escola pública do município, onde lecionavam os mais renomados educadores santa-marienses.
O certificado de conclusão do curso primário foi assinado pela ilustre educadora Maria Benaducce. No ano seguinte, quando deveria passar a estudar um ano no curso de “Admissão ao Ginásio“, que era uma espécie de vestibular à época, não foi possível, pois apesar de ter completado apenas 12 anos de idade, havia conseguido o meu primeiro emprego em um “Armazém”, um tipo de comércio que hoje é conhecido por Mercearia.
O curso ginasial ficou para mais tarde. O segundo grau só aconteceria muitos anos depois, através do exame supletivo.
Aos 14 anos de idade consegui o meu segundo emprego, agora com carteira de trabalho assinada. Foi na Companhia Telefônica Riograndense, na função de estafeta, que era um entregador de fonogramas, uma espécie americanizada do nosso tradicional Telegrama.
Aos 16 anos tornei-me telegrafista profissional, sendo nomeado para trabalhar na capital, Porto Alegre. Ainda era um menino, mas fui viver em uma cidade grande, longe dos familiares e por minha conta e risco.
Aos 19 anos, quando fui convidado a tornar-me rádio-telegrafista de bordo, na companhia VARIG, fui convocado para servir ao Exército Brasileiro.
Comecei como soldado, fui promovido a cabo e após mais um curso, finalizei a minha curta vida militar como Terceiro Sargento especialista em Educação Física pelo método francês.
Desse meu tempo de soldado guardo boas lembranças.
Uma recordação que me marcou muito foi quando fui escalado para ficar de guarda do paiol das munições bélicas do quartel. Assumi o posto ás 2 horas da madrugada. A noite estava linda, a lua era cheia. Nenhuma nuvem no céu. Observando todo aquele espetáculo fui envolvido por uma forte emoção. O luar estava espetacular! Foi demais!
Fui envolvido por esse ambiente e criei a primeira poesia de minha vida.
Não poderia ser diferente. O poema recebeu o título de “Lua”. Naquela manhã os colegas de farda da Segunda Bateria do Quinto Regimento de Artilharia Montada ouviram com aplausos e também com algumas gozações. O poema diz assim:
Lua
Sob tua luz de prata,
Ao ribombar da cascata,
Canta o nobre Jacuí:
Foste o berço de Moema,
Beijaste a nobre Iracema
És a mãe de Imembuí.
Lua
És extremamente bela,
Tal qual uma donzela
No dia do casamento.
As estrelas são aias,
És uma rainha sem saias
Que reina no firmamento.
Lua
Quantos em tua presença clamam
Por alguém que tanto amam
E se foi para não voltar.
Uns te pedem poesia,
Outros querem alegria,
Mas, eu canto por te amar.
Com 20 anos deixei a vida militar e voltei a exercer as minhas atividades como telegrafista na Companhia Telefônica Rio-grandense, em Santa Maria.
Em 1954, já com 21 anos, após ter sido aprovado em um teste de capacidade profissional, fui nomeado Telegrafista da Viação Férrea do Rio Grande do Sul e lotado na cidade de Santa Maria.
Na ferrovia gaúcha a minha carreira profissional foi muito boa. Exerci as funções de Telegrafista, Controlador de Trens, Professor chefe do Curso de Formação de Telegrafistas da Escola Profissional Ferroviária.
Ainda em 1954, dia 18 de dezembro, depois de um ano e meio de namoro e noivado, casei-me com Helena Graeff Mello, uma linda morena de 17 anos, filha do telegrafista ferroviário João Batista Mello e de dona Celina Graeff Mello.
O ano de 1954 foi dos mais importantes da minha vida. Durante esse período aconteceram fatos marcantes, extraordinários.
Até esse ano eu não tinha uma religião definida. Foi atendendo a um convite do tio de minha esposa, Joaquim Mello, que conheci, estudei, aceitei e me integrei na prática da Doutrina Espírita, de Allan Kardec.
Em1956, como fruto de uma vida harmoniosa e muito feliz, eu e a Helena recebemos a bênção Divina representada pelo nascimento da nossa primeira filha, que nasceu saudável, linda e a quem demos o nome de Rosely.
Em 1958, nasceu o nosso filho, Eduardo Perseverando. No primeiro semestre desse ano, após participar de um concurso público, fui promovido ao cargo de Agente Chefe de Estação Ferroviária.
A primeira estação ferroviária a ser chefiada por mim foi Desvio Herval, localidade do município de Herval do Sul, no ramal ferroviário entre as cidades de Bagé e Pelotas.
Na seqüência trabalhei nas estações de Phillipson, no ramal entre Santa Maria e Cruz Alta, onde nasceu a nossa terceira filha Roselena. E, um ano depois assumi a estação de Azevedo Sodré, no ramal entre Cacequi e São Gabriel.
Em 1962 fui promovido na carreira, deixando de chefiar estações de pequeno porte ao longo da ferrovia, indo trabalhar em uma cidade, o que era privilégio de servidores com mais de vinte anos de carreira. Fui nomeado para ser o Agente Tesoureiro, na estação da cidade de Cruz Alta, na serra gaúcha.
Foi em Cruz Alta, em 1963, que nasceu a nossa filha caçula, Rosmary.
Em Cruz Alta, no dia 8 de outubro de 1964, sem qualquer acusação formal, fui punido com base no Ato Institucional número um, apesar de ter sido arrolado apenas como testemunha em um processo administrativo que foi instaurado por ordem dos militares, para que os indiciados denunciassem os funcionários com ideais comunistas que trabalhassem na ferrovia em Cruz Alta.
Ao todo foram doze chefes de família e bons funcionários que foram afastados do trabalho através de um Decreto assinado pelo então Governador do Rio Grande do Sul, Ildo Menegheti. Ele atendeu a um pedido escrito, feito por um General já aposentado, cujo nome eu não revelo por uma questão de ética pessoal.
Eu e mais 11 colegas perdemos os nossos emprego sem culpa formalizada. No Decreto constou apenas: “... decreto o afastamento do cargo, o servidor João Batista de Medeiros, aposentado-o com salário proporcional ao tempo de serviço, com base no Ato Institucional número 01, sem citar em qual artigo éramos enquadrados”.
Desde então passei a ser considerado pelos governantes gaúchos da época como um “SUBVERSIVO”.
A minha filha caçula tinha apenas um ano e oito meses. Os outros três tinham quatro, seis e oito anos.
Percebendo apenas um salário menor que um salário mínimo da época, não poderia sobreviver.
Como eu era treinador profissional de futebol e quando o meu time não jogava eu comentava as partidas para a Rádio ZYF 9, Rádio Cruz Alta, recebi e aceitei o convite do Gerente da emissora, Senhor Romano Humberto Zanchi, para ser o rádio telegrafista da rádio acumulando a função de locutor.
Não é que deu certo? A partir de 1964, não podendo mais exercer qualquer função pública, tornei-me radialista, jornalista e publicitário.
Além de locutor da emissora, fui convidado para ser redator e noticiarista, no jornal Diário Serrano, o principal matutino da cidade.
No jornal fui responsável pelos noticiários nacional e internacional. Aos domingos escrevia uma página dedicada às crianças, usando o pseudônimo de Vovô Anastácio.
Em 1968 completei quatro anos de sucesso como profissional do rádio, o que me valeu ser convidado para trabalhar em minha cidade natal, Santa Maria.
As propostas foram irrecusáveis. Na minha querida cidade de Santa Maria assinei contrato para trabalhar no jornal A Razão, órgão dos Diários e Emissoras Associados, e como locutor, apresentador de programas externos, além de comentarista Esportivo, na Rádio Imembuí de Santa Maria, uma emissora com alcance regional.
Antes de completar um ano em Santa Maria, devido ao sucesso obtido com os programas que criei, a Rádio Farroupilha de Porto Alegre, um dos órgãos dos Diários e Emissoras Associados, Fundação Assis Chateaubriand, convidou-me para trabalhar em Porto Alegre.
Como a proposta era ótima, aceitei e o meu contrato com o jornal A Razão foi transferido para a emissora líder do Grupo em Porto Alegre.
Assim me tornei locutor na grande Rádio Farroupilha emissora líder de audiência no Estado do Rio Grande do Sul.
Na emissora líder obtive relativo sucesso como locutor, produtor e como rádioator participei das gravações das três últimas radionovelas, que foram produzidas e gravadas em Porto Alegre e transmitidas para o Brasil pela Rede Tupi de Rádio a partir do Rio de Janeiro.
Fui escalado para ser o responsável pela programação noturna da emissora e locutor comercial dos programas semanais do cantor Teixeirinha, recém contratado pela emissora.
De 1968 até 1970 vivi momentos importantes como radialista. Entre estes fui o responsável pela reprogramação de tangos e boleros nos programas musicais noturnos da rádio, o que provocou o retorno às programações das emissoras locais desse tipo de música.
Entre as minhas experiências profissionais, acho que os anos em que trabalhei com o Cantor Teixeirinha e sua acordeonista Mery Terezinha, foram os mais relevantes.
Uma das curiosidades desse período é que o Teixeirinha jamais me chamou por Batista Medeiros o meu nome artístico. Quando ele se dirigia a mim chamava-me de “Magro”.
Eis um exemplo:
Em uma das madrugadas em que, após ele encerrar as gravações dos programas diários das madrugadas gaúchas, rodávamos pelo morro de Santa Tereza abaixo no carro Ford Gálax vermelho dele, fruto do cachê do filme “Coração de Luto”. Quando já bem perto do conjunto residencial onde eu morava, ele me olhou e falou de forma grave:
“Magro”, tu sabes que eu sou um cara diferente?”
Respondi prontamente:
Mas claro que você é diferente. Tu és famoso em todo o mundo, um artista de sucesso...
Ele me interrompeu e afirmou solenemente:
“Não, magro, eu sou diferente porque amo a duas mulheres ao mesmo tempo!”.
E finalizou com um gesto de mão:
“Se uma delas por acaso me abandonar eu morro!”.
Argumentei:
Desculpa Teixeira, mas você ama uma e gosta da outra...
“Não, magro, eu amo as duas igualmente. Repito: Se uma delas me abandonar eu morro!”.
Procedi como era de se esperar, apenas balancei a cabeça concordando com ele.
O pior é que era verdade o que ele me afirmou naquela madrugada, pois quando a parceira dele, a Mery Terezinha, fugiu dele para ir morar com o professor Ivan Trilha, nos Estados Unidos, ele sofreu o primeiro infarto do miocárdio.
Dois anos depois, quando ela veio ao Brasil lançar o seu primeiro disco gravado lá nos Estados Unidos, o Teixeirinha sofreu o segundo infarto e morreu.
Eu sou testemunha desse fato graças a ter trabalhado com ele na Rádio Farroupilha de Porto Alegre de 1968 até 1970.
Em 1969, como eu trabalhava na emissora somente pela noite, aproveitei o dia e fui trabalhar como Relações Públicas do Clube dos Gerentes de Bancos de Porto Alegre, acumulando função de administrador da sede campestre do Clube.
Após algum tempo, troquei o Clube dos Gerentes de Bancos pela função de Gerente de Vendas na Agência de comercialização de veículos usados, Empresa “Maia Automóveis”, localizada na Avenida João Pessoa, no centro da capital gaúcha.
Em dezembro de 1970, no mês de dezembro, entrei em gozo de férias.
Atendendo a um convite muito especial da irmã e do cunhado de minha esposa, Ruth e Nestor Paim, programei uma visita até Brasília onde eles moravam.
Após uma semana de estada na nova capital me apaixonei perdidamente pela cidade. Junto com a paixão veio uma irresistível vontade de morar na cidade.
Após quatro dias da minha chegada a Brasília, já conseguira trabalho como vendedor de veículos, na concessionária de automóveis Disbrave, na Asa Norte do Plano Piloto; à noite fui admitido pelo Serviço Nacional de Meteorologia do Ministério da Agricultura como Rádio Telegrafista, trabalhando das vinte às duas horas da madrugada.
Com duas semanas de Brasília também comecei a trabalhar como locutor da Rádio Independência, na época dirigida pelo então famoso radialista Meira Filho.
Na emissora fui designado para ser o comentarista esportivo da rádio, dirigida pelo narrador esportivo Cid Jorge. A equipe fora criada para acompanhar a participação do Clube CEUB de futebol, na primeira divisão do futebol brasileiro.
Antes do término das férias e já ganhando salários quadruplicados do que ganhava no Sul, decidi trazer a família para morar no Distrito Federal.
Fiz meus pedidos de demissão dos empregos, em Porto Alegre, através do telefone. Quando fui buscar a família, as empresas deram baixas na minha carteira profissional.
Em fevereiro de 1971 cheguei em Brasília com a família, indo residir na Super Quadra 312, na Asa Norte, no mesmo conjunto residencial onde residia o casal Nestor e Ruth e seus filhos.
Quando cheguei a nova capital da república acabava de comemorar o seu 9º ano de vida.
Um mês após eu ter fixado residência, fui duplamente premiado: A empresa Disbrave promoveu-me ao cargo de Gerente da Seção de Peças.
Recebi uma proposta para ser locutor da Rádio e Televisão Nacional de Brasília.
Os salários que já eram muito bons ficaram melhores quando fui promovido à comentarista esportivo e apresentador dos programas esportivos da Rádio e da TV Nacional.
Assim pude reduzir minhas atividades profissionais, deixando de ser rádio telegrafista do Serviço de Nacional de Meteorologia e me demitir da Rádio Independência.
Em 1973 aceitei um convite do empresário Doutor Osório Adriano Filho, para me transferir para o Grupo de Concessionárias de automóveis Brasal, como Gerente da Seção de peças da Empresa Taguauto, na cidade satélite de Taguatinga.
O salário melhorou, mas a minha jornada de trabalho ficou muito difícil. Assim mesmo consegui manter as atividades como técnico em gerenciamento de peças e Serviços, da Volkswagen do Brasil, em harmonia com o jornalismo.
O ano de 1975 trouxe para mim e para os demais membros da família uma vontade imensa e irresistível de voltar a morar no Rio Grande do Sul.
A vontade de viver nas terras gaúchas coincidiu com uma ótima proposta que recebi, através dos Escritórios da Fábrica Volkswagen em Brasília, vinda de uma empresa concessionária da cidade de São Leopoldo, na grande Porto Alegre.
As festas natalinas de 1975 já nos encontraram morando no bairro Azenha, em Porto Alegre, no apartamento de minha propriedade, cujo comprador, quando viemos morar em Brasília, não me pagou e acabou me devolvendo o imóvel para não ser processado.
Sob as bênçãos da Wolkswagem do Brasil, assinei um contrato de trabalho com a Comercial Guiring de Automóveis, da cidade de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, na função de Gerente Técnico, com a tarefa de administrar o setor operacional da empresa, ou seja, o setor de Oficina mecânica e a seção de peças.
Durante o verão a nossa vida foi uma maravilha. Voltamos a conviver com nossos parentes e antigos amigos.
Mas, quando chegou o inverno e com ele temperaturas de zero grau e até alguns graus abaixo de zero, nossa família começou a sofrer de febre alta, sem qualquer diagnóstico de enfermidade específica. A família inteira sofreu muito. Acreditávamos que seria apenas uma questão de readaptação. Resolvemos suportar até o final do inverno, as crises de febre, agora sabendo que era motivada por uma alergia nossa ao frio. Contávamos com a chegada do verão para normalizar a nossa vida.
Eis que chega mais um inverno. O drama é que esse foi o pior inverno dos últimos quarenta anos, segundo a meteorologia oficial.
Devido a constantes crises de febre alta, em todos os membros da família, procuramos nosso médico que emitiu o grave diagnóstico: Toda a família estava alérgica ao frio. O médico recomendou-nos voltar o mais rapidamente para o centro do Brasil o mais rápido possível, evitando assim conseqüências na saúde da família inteira.
Por unanimidade, resolvemos retornar para o Centro-Oeste.
Em dezembro de 1977 desliguei-me dos empregos, despachamos a nossa mudança e voltamos todos para Brasília.
Cheguei e fui procurar emprego.
Morrendo de vergonha de pedir emprego aos meus ex-patrões de Brasília, pois todos me alertaram para o perigo de eu não mais me readaptar no clima frio do sul país, não cheguei até eles, preferindo ir ao Escritório da Volkswagen no Distrito Federal.
Para sorte minha, o chefe do Escritório pegou o telefone e ligou para a cidade de Goiânia, onde a empresa Planalto de Automóveis, revendedora Volkswagen na cidade de Goiânia, estava precisando de um Gerente Técnico para assumir o comando operacional da empresa com um salário de fazer inveja ao que eu percebia no Rio grande do Sul.
Assumi o cargo em Goiânia e a família permaneceu em Brasília. Todos os fins de semana eu vinha visitá-los e voltava domingo à noite para a capital dos goianos.
Quando a esposa e os filhos foram participar das comemorações de fim de ano promovidas pela empresa goiana o Senhor Múcio, um dos proprietários, convidou os familiares para que fossem morar em Goiânia.
A reunião da família aconteceu quando aluguei um apartamento na Rua 2, no centro da linda capital goiana. A mudança foi rápida.
Instalados na nova residência, em janeiro de 1978, passamos a desfrutar dos prazeres de habitar uma cidade cosmopolita, com uma população generosa e acolhedora.
Um mês depois de ter a família reunida comigo, recebi uma bela proposta de trabalho. Agora foi do Padre Luiz Spencieri, Diretor Geral da Rádio Difusora de Goiânia, da Fundação Padre Pelágio.
Foram dois anos de sucesso profissional nos dois ramos de atividades.
Em 1980, já como coordenador artístico da emissora católica, resolvi me aposentar, pois já completara 32 anos de contribuições para a Previdência Social.
Por mais dois anos continuei residindo na capital goiana, morando em um apartamento comprado no importante bairro Criméia Leste. Desligado da empresa Volkswagen passei a trabalhar como comentarista esportivo da Rádio Difusora.
Aceitei escrever uma página semanal, dedicada às crianças em um jornal comunitário aceitei e por dois anos publiquei a página ‘RECREIO INFANTIL DO VOVÔ ANASTÁCIO’.
Em 1982, após uma reunião familiar, resolvemos retornar para Brasília. O motivo principal foi o casamento da filha caçula, que foi morar na capital.
Por dois anos ainda continuei no rádio jornalismo brasiliense.
Em 1984 como terapia ocupacional, comecei a escrever o que viria a ser o meu primeiro livro, que somente foi publicado em 1986, com o título de Aposentadoria, Independência ou morte.
O tema, como sugere o título, tinha o objetivo de ajudar aos recém aposentados, mostrando a importância de viver bem com a família e a sociedade após parar de trabalhar.
Minhas ligações com a Terceira idade começou como consequência da minha participação no primeiro Curso Internacional de Gerontologia Social, patrocinado pela ONU e realizado pelo SESC de Porto Alegre.
Após voltar desse curso, tornei realidade a idéia de criar grupos comunitários de terceira idade.
Os componentes do grupo de Diabéticos e hipertensos do Centro de Saúde número 09, do bairro Cruzeiro Novo, da cidade Satélite do Cruzeiro, Distrito Federal, no dia 15 de outubro de 1986, as 15;00 horas, aceitaram o meu convite para criar o primeiro Grupo de Terceira Idade. Os idosos escolheram por votação unânime o nome de Grupo Fraternidade de 3ª Idade, com reuniões todas as quintas feiras, das 15 às 17 horas.
Também nesse dia, a enfermeira Vera Terezinha Silveira da Silva, convidada por mim, e pelos membros do Grupo, passou a dedicar-se integralmente ao trabalho com os idosos na Capital Federal.
Depois de várias reuniões com atividades lúdicas e exercícios físicos, por reivindicação do Grupo marquei uma audiência com o então governador do Distrito Federal, Dr. José Aparecido de Oliveira, para reivindicar a criação da AETI - Assessoria Especial para Assuntos da 3ª idade, vinculada ao gabinete do governador. Ele aceitou minha sugestão e determinou a criação da primeira assessoria destinada a promover ações em defesa dos idosos no país.
A AETI funcionou, sucessivamente, nos governos de José Aparecido de Oliveira, Joaquim Roriz, Rodolfo Valim, Joaquim Roriz; e, no governo do Professor Cristovam Buarque a AETI foi transformada, através da lei nº 1445, de 11 de maio de 1997, na Subsecretaria para Assuntos do Idoso – SAI.
Em 1999, com a posse de mais um governo de Joaquim Roriz, a Subsecretaria foi desativada, e fui demitido sem qualquer justificativa. No lugar da Subsecretaria foi criado um novo trabalho com idosos, então na Secretaria de Ação Social, com uma filosofia de trabalho completamente diferente.
No período de 11 anos em que servi aos governos do Distrito Federal foram criados 50 Grupos Comunitários de Terceira Idade, com cerca de cinco mil idosos mobilizados em reuniões semanais.
Todos os trabalhos efetivados até dezembro de 1998, foram direcionados para restituir a cidadania plena às pessoas idosas, sem a prática de assistencialismos ou paternalismos.
Após ser afastado da Subsecretaria do Idoso, fui convidado para assessorar o então senador da República, Luiz Estevão, que havia reinstalado no Senado Federal a Subcomissão Permanente do Idoso, da qual foi eleito presidente.
Após a cassação do Senador Luiz Estevão, continuei assessorando a Subcomissão Permanente do Idoso, e atualmente sou Assistente Parlamentar no gabinete do Senador Leomar de Mello Quintanilha, do estado do Tocantins, atual Vice Presidente da Subcomissão Permanente do Idoso do Senado Federal.
Tudo começou assim:
Por ocasião do lançamento do livro em uma noite de autógrafos promovida no Grupo “Os mais vividos do SESC” tomei conhecimento da atividade que nortearia a minha vida até aos dias de hoje: Reuniões de pessoas idosas em busca da cidadania. Tudo aconteceu através do meu amigo diretor do SESC-DF, Dr. Newton Egydio Rossi.
Em Junho de 1986 eu e minha esposa decidimos visitar familiares no Rio Grande do Sul, e aproveitar para lançar lá o meu livro.
Fui até a Federação do Comércio do Distrito Federal para comunicar ao meu amigo, Dr. Newton Rossi minha decisão de lançar meu livro no meu estado natal.
Na ocasião ele ficou muito alegre e me convidou para ser o representante do SESC de Brasília no 1º Curso Internacional de Gerontologia Social, patrocinado pela ONU e realizado pelo SESC de Porto Alegre, no mês de julho de 1986.
O livro até que foi bem aceito. Vendi todos os exemplares que levei comigo. Os parentes me receberam muito bem e o curso de Gerontologia Social foi excepcional, maravilhoso, empolgante.
A ONU escalou as maiores autoridades no assunto para ministrarem o curso.
Da França vieram Anne Mary Guillemard, Jean Michel Hot, e o Psicólogo Dr. Ives le Danseur, da Sorbone.
Vieram também professores da Alemanha, do Chile e dos Estados Unidos, além de vários conferencistas brasileiros.
No desenrolar do curso, o Dr. Ives Le Danseur contou que nos arredores de Paris estavam surgindo grupos de idosos que compareciam aos hospitais para reivindicar atendimentos prioritários e especializados para as pessoas idosas.
Esses grupos foram estudados por ele que, em seus relatórios, recomendou o atendimento das reivindicações deles, avaliando-as como justas e fruto de reuniões com debates e votações para decidir o que reivindicar. Perguntou para nós participantes se aqui no Brasil também existiam grupos reivindicativos, como lá em Paris. Todos dissemos desconhecer tal coisa. Então ele recomendou que fizéssemos pesquisa em nossas cidades para saber a realidade.
Após o encerramento do curso, viajei para minha cidade natal, Santa Maria.
Decorria o mês de julho quando, após ter dado uma entrevista para a Rádio Imembuí, onde havia trabalhado em 1968, conheci o Professor de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria José Francisco da Silva Dias, o Professor Juca, que preparava sua tese de doutorado selecionando exercícios adequados para pessoas com mais de 50 anos de idade.
Foram dois meses de trocas de informações e experiências com os idosos dos diversos grupos que ele havia criado com essa finalidade.
Retornando para Brasília, em setembro, comecei a pesquisar se existiam grupos iguais, ou parecidos com os franceses. Só existia o grupo “Os Mais Vividos do SESC”.
Decidido a aproveitar a idéia dos parisienses e do Professor Juca, comecei a visitar Centros de Saúde procurando a colaboração de uma enfermeira ou assistente social que tivessem trabalhos de saúde com diabéticos e hipertensos.
O primeiro grupo foi criado no dia 15 de outubro de 1986.
O segundo grupo foi criado no mês seguinte, novembro, no Centro de Saúde número 14, no bairro Cruzeiro Velho, na cidade satélite do Cruzeiro e se chamou Grupo Comunitário de Terceira Idade Paz e Amor.
O terceiro surgiu no Guará e se chamou Grupo Comunitário Amigos da Terceira Idade, bairro do Guará I.
O quarto Grupo criado foi o Grupo Comunitário de Terceira Idade Ouro Velho, na Asa Norte.
O quinto foi criado em Taguatinga Norte com o nome de Grupo Comunitário de Terceira Idade União e Paz.
O sexto Grupo foi criado no Guará II e se chamou Grupo Comunitário de Terceira Idade Cabelos de Prata.
Os seis grupos funcionavam normalmente, todos criados com a parceria da enfermeira Vera Terezinha Silveira da Silva.
Como estava ficando muito trabalhoso dar aulas de educação física para os seis grupos, precisei sair a campo para conseguir a colaboração de alguns professores de educação física. Os dois primeiros professores me foram cedidos pelo então Defer, Órgão do Governo do Distrito Federal.
O Professor Ezir Espíndola, diretor do Defer designou os professores Marina Recena Grassi e Jorge Requena Lugones para ficarem a minha disposição.
Constatamos que cada um dos grupos possui características próprias e são dirigidos pelos próprios idosos participantes. Os professores apenas atendem as solicitações dos idosos, além de promoverem as atividades físicas.
Em novembro de 1986, por decisão dos componentes do Grupo Fraternidade, foi criada uma comissão de cinco membros para comparecerem a uma audiência com o Governador José Aparecido de Oliveira, com a finalidade de pleitear a implantação em Brasília do Passe livro para idosos. Esse benefício já existia nas principais cidades brasileiras.
Fui escolhido para presidir a comissão reivindicadora.
Após três audiências de negociações, o Governador decidiu aprovar a criação do passe livre para idosos, e foi implantado no dia 5 de janeiro de 1987. (O Passe livre só se tornaria oficial através da Constituição de 1988)
Após essa grande vitória, os componentes de Grupo Fraternidade, após muitas comemorações, decidiram pedir nova audiência ao Governador. Agora eles queriam a criação de um órgão no Governo para servir de canal de comunicação entre os idosos e o Governo, pois nas tentativas de contato com Secretários e outras autoridades, ninguém queria os receber, alegando que nada sabiam sobre o assunto idoso.
O Governador José Aparecido prometeu ao grupo que estudaria o caso e daria resposta ao pedido dos idosos.
Na primeira semana de abril de 1987 um assessor do Governador me telefonou pedindo que eu formulasse um projeto de decreto com sugestões de como seria o órgão reivindicado pelos idosos, pois o Governador já decidira criar um órgão para atender aos idosos do Distrito Federal.
Eu participava de um Curso Internacional de Gerontologia, no Palácio do Itamarati, na Esplanada dos Ministérios.
Chegando em casa após o curso comecei a redigir o que seria um decreto, pois era o primeiro que eu redigia! Eram 5 horas da madrugada quando aprontei a proposta. No dia seguinte, às nove horas, entreguei o documento para o assessor, no Palácio do Buriti.
Dia 29 de abril de 1987, após algumas audiências, o Governador assinou o decreto nº 10.364, criando a AETI – Assessoria Especial para Assuntos da Terceira Idade, ligada ao Gabinete do Governador.
Após cinco meses de haver sido criada, a AETI só existia no papel. Pois nenhum político se habilitou para assumir o cargo.
Dia 24 de setembro de 1987 uma comissão de moradores do Cruzeiro comparecia a uma audiência com o Governador para pleitear a criação da cidade satélite do Cruzeiro. Dessa comissão participei como representante dos idosos.
Terminada a audiência, o Governador José Aparecido de Oliveira chamou o seu ajudante de ordens, um capitão PM, dando a seguinte ordem: “Diga ao Doutor Guy – Chefe do Gabinete Civil - que prepare um decreto para dar posse ao Professor João Batista de Medeiros no cargo de Assessor Especial, pois quero que ele implante a AETI. Não crio órgão para ficar só no papel”. O curioso é que ele não me consultou se eu concordava em ser o assessor chefe da AETI. Apenas deu a ordem.
A posse no cargo ocorreu no dia 28 de setembro de 1987, em uma segunda feira, na presença de 180 idosos.
Os três técnicos que trabalhavam voluntariamente na criação e funcionamento dos Grupos de Idosos, enfermeira Vera Terezinha, os professores de Educação Física Marina Grassi e Jorge Requena Lugones, foram nomeados assessores, sendo empossados no dia 23 de dezembro de 1987.
A criação de novos grupos de idosos em várias cidades satélites de Brasília continuou com total sucesso.
Em 1993 criei a Central de Valorização do idoso – CVI, vinculada a AETI, após o Ministério das Comunicações atender a uma solicitação nossa, forneceu o telefone 1401. Contei com a colaboração inestimável do então Major Vilela, chefe dos serviços de telecomunicações do Palácio do Buriti.
Para operacionalizar a CVI consegui requisitar dois advogados, dois psicólogos, dois pedagogos, dois técnicos em Gerontologia Social, que cumpriam dois turnos distintos de trabalho. A chefia foi entregue à pedagoga professora Simone Perle de Castro.
Em 1995 o projeto AETI já havia criado e coordenava 26 Grupos Comunitários de Idosos, 11 associações e contava com seis Centros de Convivência para Idosos, atendendo um universo de cerca de 5.000 idosos, em todas as cidades satélites do Distrito Federal.
A filosofia básica aplicada no projeto AETI foi à valorização da pessoa idosa, procurando despertar-lhes a cidadania, sem assistencialismos ou paternalismos, atribuindo aos próprios idosos a coordenação e administração dos grupos, associações e centros de convivências. Com o objetivo final de conseguir a participação das pessoas idosas na sociedade e a sua permanência junto da família.
No dia 16 de maio de 1996 fui agraciado pela Câmara Legislativa com o título de CIDADÃO HONORÁRIO DE BRASILIA.
Em 1997, no mês de julho, o Governador Professor Cristóvão Buarque atendendo minha sugestão, criou a SUBSECRETARIA PARA ASSUNTOS DO IDOSO, ligada a Secretaria de Governo. Convidado, aceitei e fui empossado no cargo de Subsecretário para Assuntos do Idoso.
A AETI deixou de existir e em seu lugar nasceu a SAI.
Em dezembro de 1998 a SAI já coordena 35 Grupos e 15 associações de idosos, com cerca de 10 mil idosos participantes.
Dia 4 de janeiro de 1999 o novo Governo do Sr. Joaquim Roriz assina decreto me demitindo, sem qualquer justificativa ou explicação.
A Subsecretaria para Assuntos do Idoso desaparece e é criada em seu lugar uma Gerência do Idoso.
Em 1999, após seis meses desocupado e quando desfrutava de alguns dias de lazer em Caldas Novas, Goiás, recebi um telefonema convidando-me para ser um dos assessores do recém eleito Senador Luiz Estevão.
Aceitei o convite, tornei-me assessor Parlamentar no Senado Federal, tendo como missão recriar a Subcomissão Permanente do Idoso do Senado Federal.
Durante um ano e meio a Subcomissão do Idoso promoveu inúmeras audiências públicas, ouvindo os mais renomados técnicos e autoridades no assunto.
Em 2001 o Senador Luiz Estevão foi cassado e fiquei novamente desempregado. Desta vez foi somente por alguns dias, pois o Senador Leomar Quintanilha, do Estado do Tocantins, foi eleito presidente da Subcomissão Permanente do Idoso, em um de seus primeiros atos foi nomear-me para assessorá-lo.
Aceitei com muita alegria e dei sequência ao meu trabalho de valorização dos idosos brasileiros.
Em outubro de 2009 comemorei 23 anos de trabalho em prol da população idosa do Distrito Federal e do Brasil.
Já estamos no primeiro semestre de 2010. Estou chegando até aqui muito feliz da vida; completei 55 anos de casamento com a Helena e no cartão que acompanhou as rosas vermelhas que entreguei para ela, afirmei: “Helena, sou grato pelos 55 anos de amor que me proporcionaste. Mas te aviso: Prepare-se, pois terás de me aturar no mínimo até comemorarmos 70 anos de casamento”.
Só posso agradecer a Deus ter chegado até aqui, pois sou pai de quatro filhos, avô de Miguel, João Guilherme, João Vitor, Débora e Isadora.
Com muito orgulho e prazer continuei a trabalhar como assessor no gabinete do Senador Leomar Quintanilha, no Senado Federal do Brasil até 31 de janeiro de 2011. Desta data em diante comecei a viver a vida de aposentado, porém servindo voluntariamente a comunidade brasileira como Gerontólogo Social.
Confesso-me um tanto envergonhado por que, após a aprovação da Lei número 10.741 e a sanção dela no dia 1º de outubro de 2003, que instituiu o Estatuto do Idoso, pensei seriamente em encerrar minhas atividades como Gerontólogo Social.
Só não parei ainda porque os Gerontólogos Sociais, são apenas cerca 400 em atividade no país, isso para atender a mais de 30 milhões de idosos. Seria incorreto de minha parte.
Portanto, continuarei em atividade, seguindo o objetivo maior da minha vida: Devolver a cidadania e por consequência a auto-estima aos idosos de meu país.
No dia 12 de fevereiro do ano de 2.011 completei 78 anos de vida e se o meu bom Deus continuar a privilegiar-me com saúde e energia como até aqui, irei bem mais longe ainda... Até quando? Somente Ele, o Todo Poderoso, sabe.
Pois eu continuo acreditando que:
A vida é muito distinta,
Não é como se apresenta,
Alguns são velhos aos trinta,
Outros jovens aos setenta.
Prof. Medeiros,
ResponderExcluirSaudade.
Trabalhei na AETI, por uns tempos e sempre lembro do senhor. Hoje coordeno duas Faculdades de Pedagogia ( Brasilia e outra em Piracanjuba)
E todas as lições de vida recebida nesse tempo de convivência recordo com muito carinho.
Nessa ultima sexta-feira fui visitar um LAR de idosas em Piracanjuba..fiquei encantada pela organização e comprometimento dos funcionarios bem como da sociedade de Piracanjuba..um trabalho maravilho.
Assim , fiquei pensando por onde anda o Prof. Medeiros que tanto me encantou com a sua luta para uma vida saudável e com qualidade para os idosos.
É nessa vontade de saber seu paradeiro , que resolvi pesquisar ...e o reencontrei
Em outra oportunidade gostaria de convidá-lo a participar dos projetos da Faculdade de Piracanjuba.
Um forte abraço com saudade
Adriana Tibery
Professor Medeiros,
ResponderExcluirli a sua biografia e fiquei emocionada. mais emocionada ainda quando me deparei com o nome da professora de educação física marina Grassi, pois a conheço desde que tinha uns 10 anos de idade e ela sempre foi uma pessoa especial para mim.
perdi o contato com ela, por favor se o senhor tiver o email dela ou outra forma de contato e puder e quiser me oferecer , eu ficaria muito grata.
Parabéns pela sua perseverança e êxito.
Também sou de Santa Maria e fico mais orgulhosa ainda em saber que um santamariense como o senhor fez e faz pelos outros.
Forte abraço.
Erondina Algerich
Gostaria de saber notícias do professor Medeiros pois, gostaria de conhecer
ResponderExcluirClotario Menna barreto filho
clotariomennabarreto@gmail.com