sábado, 24 de março de 2012

APOSENTADOS OU IDOSOS

                 Nem todo aposentado é idoso e nem todo idoso é aposentado. Existe grande diferença entre essas duas situações que envolvem o ser humano       . Portanto, são situações que carecem de abordagem diferente: O aposentado luta por aumento nos valores que recebem da previdência, enquanto os idosos combatem a discriminação, o desrespeito aos seus direitos de cidadãos e lutam por uma melhor qualidade de vida, a reintegração na família e na sociedade.
            Quando lemos no jornal de Brasília, edição do dia 17 de março, que Sua Excelência o Ministro da Previdência Social Garibaldi Alves Filho, revela que o Governo Federal está estudando a criação de uma Secretaria Nacional do Idoso, no âmbito do seu Ministério, especialmente para tratar das questões do idoso. Até aí tudo ótimo, quanto mais formas de ajudar na luta melhor para os idosos! Mas, o surpreendente é que ele também afirma que o órgão terá como função principal discutir as reivindicações dos aposentados, especialmente em relação ao fator previdenciário, que vem prejudicando terrivelmente esse segmento social aqui no Brasil.
            Criar um órgão com a designação de Secretaria Nacional do Idoso para debater as questões dos aposentados dá a entender que o Ministro acha que todo o aposentado é idoso e também que todo idoso é aposentado, o que não é real.
            Mas, retirar do gabinete do ministro a discussão das reivindicações dos aposentados, dá a entender que ele quer se afastar do debate direto com os aposentados. Agora, jogar a questão para um órgão de menor força decisória pode induzir esse importante segmento social a entender que ele quer diminuir a importância da reivindicação deles.
           É uma pena, pois os quase 30 milhões de idosos brasileiros, que estão sofrendo com o ridículo número de médicos geriatras, que não chegam a mil e dos cerca de quatrocentos Gerontólogos Sociais, apesar de existir um Conselho Nacional do Idoso, ligado à Secretaria Geral da Presidência da República que não convoca essa grande parcela da população brasileira que teima em não ajudar a fiscalizar a aplicação do Estatuto do Idoso e da Política Nacional do Idoso criada pela Lei 8.842, de 4 de janeiro de 1994, leis importantes que, se aplicadas integralmente, colocaria o nosso país entre os países que cuidam da sua população idosa.

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