IDOSOS E PLANOS DE
SAÚDE
Sofria
eu em um
desses chamados de “cruzamentos”, no terrível e superlotado trânsito brasiliense,
quando me entregaram um papel contendo propaganda. Como faço sempre, e apenas com
a intenção de ajudar ao ser humano que está ganhando um dinheirinho para fazer
a distribuição.
Após
estacionar o carro fiz a leitura das propagandas recolhidas.
Fiquei surpreso, e
muito preocupado, com a proposta de um dos panfletos: O corretor de um plano de
saúde, cuja empresa é conhecida nacionalmente, comete contra idosos uma brutal
infração às leis em vigor.
Será que ele não sabe
que existem em Brasília uma Procuradoria de Defesa do Idoso e outros órgãos criados
para defender os envelhecidos?
A
propaganda oferece um Plano de Saúde com condições ilegais. Vejamos essa
oferta: Para a pessoa com 54 a 58 anos de idade o valor da prestação para o
plano “Especial QP” é de R$ 779,00. Enquanto o plano “Executivo QP” a
mensalidade é R$ 1.599,91.
Pasmem: Para as
pessoas acima de 59 anos, esses mesmos planos são de R$ 1.210,55 e
2.424,11.
Até
penso que esses corretores não conhecem o Artigo 6º do Estatuto do Idoso, que
determina: “Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente
qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha
conhecimento”.
É
preciso cumprir o Artigo 7º da Lei maior dos idosos, o Estatuto do Idoso, que determina:
“Os Conselhos Nacional, Estaduais, e do Distrito Federal e Municipais do Idoso
zelarão pelo cumprimento dos direitos do idoso definidos nesta Lei”.
O
Artigo 96 dessa mesma Lei diz que é ilegal “Discriminar a pessoa idosa,
impedindo ou dificultando seu acesso ao direito de contratar, ou por qualquer
outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por
motivo de idade”.
E
o panfleto publicitário diz que o plano de saúde é associado ao ING. E ainda
finaliza dizendo: “Jesus te ama”.
Inclui este artigo no blog esperando aumentar
ainda mais o já grande número de autoridades que tomarão conhecimento dessa
agressão aos direitos da pessoa idosa, que alguns planos de saúde teimam em
cometer. Eles demonstram que não acreditam que aconteça qualquer interferência
dos responsáveis pela fiscalização, e continuam aumentando o preço da
mensalidade a cada aniversário do idoso.
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