domingo, 2 de junho de 2013


SECRETARIA DO IDOSO É DESTAQUE

Na semana que passou foi divulgada uma matéria jornalística denunciando que, entre as Secretarias do atual governo, a que reúne maior número de assessores é a “Secretaria” do Idoso. E a reportagem esclarece que, mesmo sendo um órgão com finalidades altamente técnicas, é composta somente por apadrinhados políticos sem qualquer formação especializada em trabalhos com idosos.
Tudo bem diferente da Sub Secretaria para Assuntos do Idoso, criada mediante Lei aprovada pela Câmara Legislativa, sancionada pelo Governador e publicada no Diário Oficial do Distrito Federal.
Portanto, a Sub Secretaria é mais legal que a Secretaria que foi criada por decreto, sem aprovação da Câmara Distrital, somente para empregar um partidário que estava desempregado.
É lamentável que isso esteja acontecendo na Capital Federal, onde o número de habitantes com mais de 60 anos já ultrapassa os 170 mil, e continua, a cada ano, aumentando e sendo importante a atuação de órgãos que trabalhem pela permanência das pessoas idosas nas suas famílias e na sociedade, sem usar de assistencialismos e paternalismos, trabalhando na comunidade onde eles residem, levando professores de educação física, gerontólogos e outros especialistas.
Acredita--se que vai ser muito difícil reunir novamente os técnicos que por mais de 15 anos trabalharam para beneficiar os idosos e as suas famílias.
Esses especialistas criaram e mantiveram até o ano de 1999, quando a maioria foi demitida pelo novo governo que assumiu nesse ano, um total de 50 núcleos, sendo 35 grupos comunitários de Idosos e 15 associações de idosos, reunindo cerca de oito mil idosos em encontros semanais, nas comunidades deles. Nessas reuniões os idosos faziam exercícios físicos, trabalhos de artesanatos, artes plásticas e combinavam os encontros coletivos com os demais grupos e associações para realizar jogos especiais para idosos, além de encontros anuais no Parque da Cidade, na Água Mineral e outros locais.
Idosos morando com a família são 99,04%, o que mostra um mínimo de 0.6% de idosos morando em asilos.
Vale à pena trabalhar para manter os idosos integrados às suas famílias.

 
JOÃO BATISTA DE MEDEIROS
Ex Sub Secretário para Assuntos do Idoso do GDF

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