IDOSOS PRIVILEGIADOS
A sociedade brasileira ainda tem preconceitos que dificultam o exercício pleno da cidadania pelas pessoas envelhecidas.
A luta dos técnicos em Gerontologia Social para promover a valorização dos idosos, sem usar de assistencialismos ou paternalismos, enfrenta inúmeras barreiras, entre elas a falta de conhecimento da inexorabilidade do envelhecimento das pessoas que não morrem ainda jovens.
Os esforços desses profissionais começaram na busca de instrumentos que pudessem provocar no ser humano idoso à vontade de viver, de lutar para conquistar uma boa qualidade de vida.
Em parte os objetivos deles foram alcançados quando foram criados eventos coletivos como reuniões de debates, passeios coletivos, festas e jogos adaptados para as pessoas idosas, encontros semanais onde praticam exercícios físicos e atividades culturais. As pessoas idosas mais extrovertidas tiveram a chance que precisavam para reassumir funções de liderança, inatas em todos eles, porém adormecidas no convívio familiar e social.
Os Gerontólogos Sociais passaram para os idosos as responsabilidades na direção das atividades dos grupos e associações.
Revelou-se uma realidade até então pouco conhecida: Para líderes não se deve dar ordens, apenas induzi-los a assumirem tarefas através de argumentos sensatos. Com esse método de trabalho permitiu que surgissem verdadeiros líderes idosos, muitos deles em atividade nos grupos e associações até hoje.
Ai está o segredo de todo o sucesso dos trabalhos com idosos no Distrito Federal, que começou dia 15 de outubro de 1986 e encerrou-se dia 4 de janeiro de 1999.
Graças aos esforços desses técnicos no trabalho com idosos, os Gerontólogos Sociais, aqui no Distrito Federal temos o privilégio de contar com 99% - noventa e nove por cento – da população envelhecida ainda morando com seus familiares; o número de idosos abandonados em asilos é somente de 0,6% - zero seis por cento.
Esses argumentos mostram que está valendo a pena envelhecer em Brasília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário